Terras Indígenas

Textos com informações sobre as Terras Indígenas

7/24/2006

TI Comexatiba - Delimitação

Conclusão do relatório "Estudos de Fundamentação Antropológica necessários a identificação e delimitação da TERRA INDÍGENA COMEXATIBA (Cahy/Pequi)" da antropóloga - Leila Silvia Burger Sotto-Maior, apresenatado a FUNAI em 13 de março de 2006 a FUNAI:

Reafirmando a posição apresentada aos índios Pataxó da TI Comexatiba, busquei delimitar a área de estudo entre o rio das Ostras e a Aldeia Tauá, incluindo toda área do Parque Nacional do Descobrimento, tendo em vista as informações colhidas durante 1 ano e 7 meses de trabalho junto a esse grupo. Entretanto, a delimitação só será definida após análise dos dados aqui apresentados, e reunião com data a ser definida, entre os Pataxó e um representante da DAF/FUNAI Sede.

Contudo, passo aqui uma descrição aproximada da área reivindicada pelos índios Pataxó:

Partindo do ponto nordeste da área encontramos a Barra do rio Caí. Seguindo o curso do rio sentido noroeste e alcançamos a estrada de Corumbau até aproximadamente o limite oeste do PND, e a fazenda Água Branca. Descendo no sentido sudoeste cortando o parque pela Aldeia Alegria Nova chegamos a Aldeia Pequi no limite do rio do Peixe Grande e o Japara Mirim. Retornado para o leste ate a praia. Seguimos em direção nordeste pela praia passando pela ponta do Imbassuaba alcançamos novamente a Barra do rio Caí.

Entretanto, é necessário esclarecer que essa não é a proposta final do limite da terra indígena, pois este só será definido junto aos índios, na etapa dos estudos complementares, momento que se dará a delimitação da referida Terra Indígena. Dois pontos que ainda, permanecem em discussão entre os Pataxó, a Vila de Cumuruxatiba e Parque do Descobrimento.

Os indígenas de todas aldeias compreendem a importância da área de mata para sobrevivência do grupo, por isso colocaram em discussão a inclusão de parte da área do PND, mas para que a mata seja preservada, entendem também, ser necessário que haja um espaço de terras produtivas para abertura de suas roças.

Os limites estudados e ate então propostos, são justificáveis do ponto de vista da ocupação tradicional, ambiental e da sobrevivência física e cultural dos Pataxó, contemplando as terras habitadas pelos índios em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições, como reza o artigo n0 231 da Constituição Federal de 1988.

Proposta para o encaminhamento das etapas subseqüentes:

Entendo ser de extrema importância a manutenção do diálogo com o IBAMA, já que, além das Aldeias estarem dentro dos limites do PND, podemos afirmar que parte dele é reconhecidamente de ocupação histórica e tradicional do grupo indígena em questão, conforme dados apresentados neste relatório. Uma discussão que já vem sendo realizada no âmbito da Coordenação de Identificação - CGID, e da Coordenação de Patrimônio e Meio Ambiente CGPIMA, da FUNAI, e que deve ser considerada na etapa dos estudos complementares é a elaboração de um relatório técnico ambiental com um caráter de proposta, talvez em parceria com o próprio IBAMA local - Prado. Outra Instituição Federal que deverá ser acionada é o INCRA, pois dois assentamentos fazem parte da terra reivindicada pelos Pataxó.

2 Comments:

  • At 10:42 AM, Blogger CURUMUXATIBA said…

    NÃO ACEITAREMOS EXPANSÃO TERRITORIAL INDÍGENA À TRINTA QUILÔMETROS DE CURUMUXATIBA-BA PARA CRIAREM LATIFUNDIOS INDÍGENAS.
    CURUMUXATIBA TEM O MAIOR POTENCIAL TURÍSTICO DO SUL DA BAHIA, COMO PONTA DO MOREIRA E BARRA DO CAY E NÃO PODEMOS FICAR REFEN DE IDEOLOGIAS DE MISÉRI... PRECISAMOS DE GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA PARA A NOSSA COMUNIDADE, COM IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOSPARA NA NOSSA REGIÃO. FORA FORMADORES DE BOLÇÕES DE MISÉRIA.

     
  • At 11:10 AM, Blogger NEMA CUMURU said…

    Este fórum tem o único objetivo de divulgar fatos sobre a questão indígena no Extremo Sul da Bahia.
    Ele não reflete nenhuma posição do NEMA sobre esta questão.
    O debate é uma forma democrática e civilizada de encontrar as soluções mais adequadas. E para que o debate seja construtivo os fatos precisam ser conhecidos.
    Mas, mensagens apócrifas, com termos agressivos, não contribuem para nada em uma solução adequada de nenhuma questão. Na verdade, da mensagem acima não conseguimos nem mesmo identificar quem são os formadores de "BOLSÕES" de miséria que devem estar "fora".
    atenciosamente
    Edição do blog

     

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